Iniciativa da Diocese de Santo André, em parceria com a SATrans, orienta passageiros cegos e com baixa visão a como realizar viagens seguras
Santo André, 30 de outubro de 2019 – A Prefeitura de Santo André, por meio da SATrans, e a Diocese de Santo André se uniram em uma iniciativa voltada à inclusão de pessoas com deficiência visual. Um ônibus foi disponibilizado para a realização de treinamento, com o objetivo de orientar os passageiros a como utilizar o transporte público com segurança e autonomia.
O veículo da viação Guaianazes ficou estacionado na Praça do Carmo, no centro da cidade, no último sábado (26). Foram realizadas diversas atividades, com foco na mobilidade das pessoas cegas e com baixa visão, dentro e fora deste meio de transporte.
O Curso de Orientação e Mobilidade promovido pela Diocese visa estimular a autonomia deste público. A representante da pessoa com deficiência visual do setor de inclusão da Diocese, Rosilene Pova, explica que treinamentos como este desenvolvem diversas percepções sensoriais no indivíduo.
“Temos no grupo pessoas com deficiências visuais adquiridas e congênitas. Neste último caso eles não têm uma ideia concebida do que seja um ônibus e seu ambiente interno e externo, daí a importância de atividades como essa”, destacou Rosilene Pova.
O treinamento contou também com atividades práticas voltadas ao embarque e desembarque seguros, como realizar o deslocamento dentro dos coletivos, a utilização da catraca e localização dos assentos preferenciais.
“Alguns destes alunos também desconheciam as saídas de emergência de um ônibus e para eles essa orientação e um contato mais próximo são essenciais para trazer mais segurança e para que possam se locomover com mais facilidade neste meio de transporte”, complementou Pova.
Os técnicos da SATrans, que gerencia o transporte público municipal de Santo André, realizaram um trabalho de reconhecimento integral dos ônibus, dos assentos, localização do motorista, do compartimento do motor, além de percorreram o caminho deste a porta dianteira até a traseira, a percepção da catraca, treinar o embarque e desembarque com bengala longa e dobrada, além de perceber a presença ou não de usuário no banco antes de sentar.
| Texto: Daniel Betega
