Inédito no Grande ABC, equipamento público municipal está sendo construído em área do bairro Campestre e atenderá quatro tipos de deficiências
Santo André, 30 de julho de 2015 – “Ajudar as pessoas é bom demais”, afirma, com um sorriso no rosto, o carpinteiro Marcos Nunes Ferreira, 27 anos, morador de São Bernardo, mas que, desde o dia 25 de fevereiro, integra o canteiro de obras do futuro CER (Centro Especializado em Reabilitação), em construção pela Prefeitura de Santo André no bairro Campestre. O equipamento público, inédito no Grande ABC na área da Saúde, atenderá a quatro tipos de deficiências – física, auditiva, visual e intelectual. A entrega do prédio está prevista para o primeiro semestre de 2016.
Ferreira, que trabalha no local ao lado de um dos irmãos, orgulha-se de fazer parte do pelotão de operários que toca, diariamente, tão importante obra para o público-alvo previsto. “Quando estiver tudo pronto, aqui, várias pessoas com deficiências serão atendidas”, aponta, feliz, o jovem carpinteiro, pai dos pequenos Warlly, 7 anos, e Adrielly, 2 anos e quatro meses. Indagado, o operário ressalta ter parentes com dificuldades de locomoção, inclusive com uso de cadeira de rodas.
A satisfação de Ferreira é compartilhada pelo pedreiro José Roberto Batista Soares, 54 anos, residente em Mauá e um dos mais experientes no canteiro. Com 33 anos na área da construção civil, Soares sabe da importância da construção do Centro de Reabilitação. “É uma coisa muito valiosa para recuperação das pessoas e dos idosos com deficiências”, afirma, ao lembrar que já ergueu creches e escolas no município. No entanto, pela primeira vez, trabalha em um equipamento da saúde.
Entre o barulho da serra para execução das ferragens e o som da batida do martelo no prego para as formas de estrutura dos pilares de concreto, o mestre de obras Carlos Alexandre Lopes, 36 anos, com 15 anos na área, conta que já atuou na construção do Hospital de Clínicas de Suzano, município onde mora e o obriga a acordar às 4h30 da manhã para chegar ao atual trabalho em Santo André, pontualmente às 7h. O trajeto é feito de trem, diariamente, mas compensa pela importância de sua mão de obra em projeto ousado e que deverá realizar cerca de dez mil procedimentos por mês.
OFICINA – Com área de dois mil metros quadrados, o espaço, além do CER, abrigará ainda oficina ortopédica para a confecção de órteses, próteses e coletes, além de meio de locomoção, como cadeiras de rodas, bengalas e andadores. O que também será um diferencial de atendimento à população alvo.
Com fundação pronta, os 21 operários no canteiro atualmente, entre carpinteiros, armadores, pedreiros e ajudantes, trabalham no levantamento da estrutura. “Estamos dentro do cronograma, sem qualquer tipo de problema”, diz o engenheiro civil Nick Moris, coordenador da obra pela Faconstru, empresa de construção civil de São Paulo e responsável pelo projeto.
PRÉDIO – O projeto arquitetônico prevê três andares, com total acessibilidade. No subsolo, abaixo do nível da rua, estarão concentrados a oficina ortopédica e o estacionamento. No térreo, mais precisamente de entrada da população, ficarão recepção e consultórios clínicos, que se estenderão para o pavimento superior.
O local atenderá a todos os tipos de reabilitação, com equipamentos específicos para exames audiológicos e visuais, entre outros. O trabalho será desenvolvido por equipe multidisciplinar composta por médicos oftalmologistas, otorrinolaringologistas, ortopedistas e neurologistas, além de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos em enfermagem, nutricionistas e assistentes sociais. E mais os seguintes profissionais: técnico e sapateiro ortopédico, que desenvolverão o trabalho na oficina especializada nessa área de reabilitação física, a partir de projeto terapêutico individualizado.
O custo do investimento é de cerca de R$ 8 milhões, entre construção e aquisição de equipamentos, com repasse do governo federal. O CER está classificado pelo Ministério da Saúde como tipo IV.
No espaço público, até então, funcionava um centro comunitário da Secretaria de Esporte e Lazer – em frente à Paróquia São Judas Tadeu. Ali, a pista de skate e a quadra esportiva serão revitalizadas pela Administração.
Foto 1 – Carpinteiro Marcos Nunes Ferreira, ao fundo, ao lado do irmão, trabalham diariamente na construção do CER
Foto 2 – Mestre de obras Carlos Alexandre Lopes segura a planta do projeto do CER: local prestará atendimento para pessoas com deficiências
Crédito: Anderson Pedro/PSA
Sobre a Secretaria de Saúde
Com orçamento previsto de R$ 566.994 milhões para 2015, a Secretaria de Saúde tem destinado o maior valor da peça orçamentária da Prefeitura de Santo André. O governo tem na Pasta uma de suas prioridades, inclusive com a construção de novos equipamentos públicos aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).
A rede de saúde municipal é composta por 33 USs (Unidades de Saúde); dois hospitais (Centro Hospitalar Municipal e Hospital da Mulher); três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas; quatro PAs (Prontos Atendimentos) 24 horas; três Centros de Especialidades Médicas; um Centro de Reabilitação Municipal; dois Centros de Especialidades Odontológicas; um Ambulatório de Moléstias Infecciosas; um Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, um Centro de Terapia Comunitária e um laboratório de análises clínicas, além do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Na área de Saúde Mental, são quatro Naps (Núcleos de Atenção Psicossocial), um Caps (Centros de Atenção Psicossocial), quatro residências terapêuticas, duas repúblicas terapêuticas, um consultório na rua (veículo), um Centro de Atenção à Saúde Mental e um Núcleo de Projetos Especiais. Na diretoria de Vigilância à Saúde, o município dispõe de divisões de Vigilância Sanitária; Epidemiológica; Saúde do Trabalhador e Controle de Zoonoses e Ambiental.
A Secretaria de Saúde trabalha em parceria com a Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, que oferece vários serviços e atendimentos à população. A Pasta também oferece apoio diagnóstico e terapêutico, desde municipal até terceirizado, por meio de contratos e convênios.
A respeito de Santo André
A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. A localidade passou a ser parte do município de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo. Este abrigava todo o ABC, e com a transferência de sede em 1939 passou a ser denominado Santo André. Este nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, o município de Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².
Localiza-se no ABC paulista (Região Metropolitana de São Paulo), distante 18 km da Capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal polo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
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Elaine Granconato – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.