Cerca de 45 microempreendedores participaram do evento que programa novas feiras para a semana que vem.
Santo André, 18 de fevereiro de 2016 – Cerca de 45 micro- empreendedores da economia solidária das áreas de alimentação, artesanato e cultura participaram, hoje, 18/2, na Praça do Carmo, Centro, do 2º Projeto Feira Itinerante de Trabalho e Cultura Solidária (PROFITCS), como resultado do trabalho de formação desenvolvido pelo Centro Público de Economia Solidária (Incubadora), ligada à Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária de Santo André.
A Feira é o resultado do trabalho de formação que o Departamento de Economia Popular Solidária, através do Centro Público de Economia Solidária (incubadora) realiza em Santo André, desde 2014. “Nossa intensão é formar uma rede solidária de micro-empreendedores para o comércio de produtos e serviços muito mais acessíveis e de qualidade aos clientes”, diz o diretor do Departamento, Vilson Rodrigues da Costa. Em alguns dias, o Departamento irá se reunir com os microempreendedores para avaliar a realização da Feira, e já programar outras.
A iniciativa é uma parceria entre a Prefeitura de Santo André e a Secretaria Nacional da Economia Solidária, do Ministério do Trabalho.
As incubadoras reúnem pessoas de baixa renda, famílias que participam de programas de distribuição de renda ou empreendedores que já tinham alguma experiência no mercado, ou, simplesmente, têem uma ideia sobre um produto que quer produzir e vender. A formação é ministrada sob os princípios e conceitos do cooperativismo e do processo coletiva de produção. “Ao contrário da busca pelo lucro fácil e rápido, a economia solidária visa a qualidade, a criatividade e o preço justo”, diz a terapeuta ocupacional e organizadora da Feira, Marilda Morettini Favaretto.
O coordenador e técnico de formação da Incubadora, Roberto de Albuquerque, explica que a partir do momento que essas pessoas procuram o Centro Público de Economia Solidária, inicia-se um estudo sobre a viabilidade econômica do produto que essa pessoa produz e a sua capacidade de comercialização. “A partir dai, nosso trabalho é aprofundar e qualificar seus produtos e, como conclusão desse trabalho formativo, a sua exposição em feiras ou na Loja da Economia Solidária (que fica na Rua Campos Sales, 578, Centro).
Alzira Pellegrini, uma das participantes do “Quituteiras de Paranapiacaba”, grupo de micro-empreendedores que comercializa produtos derivados do Cambuci, como cachaça, temperos, geleia, licores etc, entrou para a Economia Solidária, em 2014, quando entrou em depressão. “De lá pra cá, minha vida mudou muito. A gente tem que fazer o que gosta. Me lembro de Paranapiacaba há uns 20 anos, não tinha nada, agora a Vila está muito melhor”, diz.
As irmãs Débora de Castro e Eliana Zuca compartilham da mesma barraca na Feira,. Vendem roupas feitas e artesanato feitos à mão, principalmente. Débora tem uma máquina de costura e empreende sua criatividade no bordado. De uma calça jeans que já não se usa, ela faz bolsas, acabamentos em saias e em aventais. Já sua irmã, Eliana, faz pinturas à mão em bonecas, faz bijuterias e acessórios. Ela chegou a ser proprietária de uma loja, mas não deu certo. Depois que fechou, fez os cursos de formação na Incubadora de Santo André e hoje tem um espaço na Loja da Economia Solidária, uma página no face, uma loja virtual e participa de feiras. “Hoje eu sei colocar preço nos produtos que faço e sei trabalhar o marketing, por exemplo”.
Cida Reis, vende tapioca doce e salgada e é microempreendedora, desde 2005. Tem conceitos definidos sobre o que é Economia Solidária. “Pra mim, é uma válvula de escape do mundo do trabalho, uma forma de você se manter atuante não só no comércio, mas também no lazer ou na expressão cultural”.
Sobre a Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária
A Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária tem por objetivo formular, coordenar e executar políticas e ações governamentais para a geração de emprego, trabalho e renda na cidade, contribuindo para o fomento do desenvolvimento econômico de Santo André.
É responsabilidade da Pasta fomentar o bem-estar social, por meio da identificação de oportunidades, qualificar e requalificar mão de obra, além de intermediar a oferta e a demanda de trabalho, no apoio ao setor produtivo local com ênfase na economia solidária, nos empreendedores autônomos e individuais.
A secretaria trabalha para organizar ações de qualificação social e profissional aos beneficiários do Programa Integrado de Qualificação (Lei n° 8.804, de 13 de dezembro de 2005), em parceira com a Secretaria de Educação. Desenvolve parcerias entre o poder público municipal e as entidades da sociedade civil, tendo em vista ações comuns de valorização da região e de busca de melhorias no quadro econômico e social locais.
A respeito de Santo André
A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. A localidade passou a ser parte do município de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo. Este abrigava todo o ABC, e com a transferência de sede em 1939 passou a ser denominado Santo André. Este nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, o município de Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².
Localiza-se no ABC paulista (Região Metropolitana de São Paulo), distante 18 km da Capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal polo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
Conforme último Censo, divulgado em 2010, com estimativa para 2014, Santo André possui 707.613 habitantes. No ano de 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 18,085 bilhões, sendo o 32º maior do País e o 12º maior entre as cidades do Estado de São Paulo. O orçamento previsto para 2015 é de R$ 3,178 bilhões.
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