Aula inaugural aconteceu nesta segunda (5); iniciativa visa preparar servidores e servidoras para atendimento humanizado e integrado às vítimas
Santo André, 5 de abril de 2014 - Mais uma turma de servidores e servidoras da Prefeitura de Santo André vai se preparar para identificar, acolher e garantir atendimento integrado dos serviços da rede dedicados às mulheres em situação de violência doméstica e sexual. A aula inaugural da primeira turma deste ano do curso “Quem Ama Abraça ... Fazendo Gênero” aconteceu na tarde desta segunda(4), no auditório do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), instituição parceira da Prefeitura na iniciativa, e contou com a presença da secretária de Política Públicas para Mulheres, Silmara Conchão, e de Tereza Cristina Cabral Santana dos Santos, juíza de direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Santo André.
Cerca de 150 profissionais provenientes de diversas áreas, como educação, segurança pública, saúde e mobilidade urbana, obras e serviços públicos vão participar do curso de 30 horas distribuídas em 10 encontros semanais. Neste período serão abordados temas como as relações de gênero e questões de igualdade, preconceitos e discriminações ligadas a elas, a história dos movimentos de mulheres e dos movimentos feministas e o papel do Estado, das políticas públicas para mulheres, das ações afirmativas, integração entre as secretarias e a rede de serviços.
“ Em pleno século XXI, algumas pessoas ainda vivem como nos tempos das cavernas, com as mulheres em situação de inferioridade, oprimidas e sofrendo agressões para que esta relação de poder, onde o homem está em vantagem, seja mantida”, disse a secretária de Políticas para Mulheres, Silmara Conchão. “Por isso precisamos ficar atentos a essas situações e agir para mudar esse panorama”, acrescentou.
Para a secretária, é necessário acabar com as diferenças entre os gêneros, ou seja, promover a igualdade entre homens e mulheres, derrubando a idéia de que são diferentes e por isso têm tarefas, comportamentos e responsabilidades diferenciadas. “Essa ideia colabora para a manutenção da situação atual e, sendo assim, dificulta o fim da violência doméstica. Por isso, é tão importante que as crianças já sejam educadas com a visão da igualdade entre os gêneros”, explicou.
De acordo com Silmara, a tarefa de tirar a Lei Maria da Penha do papel não é fácil, pois precisa que as pessoas estejam dispostas a rever conceitos antigos. “Temos que reforçar que todos são iguais”.
Mas por enquanto isso está longe de acontecer, como demonstrou a juíza Tereza Cristina em sua palestra na aula inaugural, sobre a Lei Maria da Penha. Segundo Tereza, pesquisas apontam que: 89% dos homens não aceitam que as mulheres deixem a casa desarrumada e 70% não aceitam que as esposas saiam de casa para encontrar amigos sem a presença do marido. Além disso, 55,3% dos incidentes de violência contra mulheres acontecem dentro de casa. “A lei Maria da Penha é uma das três melhores do mundo. Ela é imprescindível. Sem ela não teríamos sequer um sistema de defesa para as mulheres”, acrescentou.
O programa Quem Ama Abraça é desenvolvido desde 2014. Tem como base o programa do Governo Federal , mas com o diferencial de que cursos e formações sobre o tema estão sendo oferecidos para profissionais de Educação e servidores. Cerca de 70 profissionais da Educação já passaram pelo curso voltado para os funcionários do setor, considerado estratégico para a identificação de casos de violência contra mulheres, e 150 servidores participaram da primeira edição do curso para servidores e sociedade civil, lançado no ano passado.
Sobre a Secretaria de Políticas para Mulheres
Primeira Secretaria de Políticas para Mulheres da região do ABC paulista desenvolve ações para garantir autonomia e direitos de cidadania das mulheres, considerando gênero, classe, raça e etnia, geração, deficiência, orientação sexual/identidade de gênero e diversidade regional. A área também articula ações de enfrentamento à violência contra as mulheres, fomenta políticas e dá suporte a programas e projetos, em parceria com as demais secretarias municipais, além de instituições públicas e privadas, e acompanha e apoia realizações do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
Busca parceria com universidades da região para produção de pesquisas e extensão. Todo trabalho está em consonância com o Plano Municipal e Nacional de Políticas para as Mulheres. A Secretaria tem apoio da Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal.
A respeito de Santo André
A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. A localidade passou a ser parte do município de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo. Este abrigava todo o ABC, e com a transferência de sede em 1939 passou a ser denominado Santo André. Este nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, o município de Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².
Localiza-se no ABC paulista (Região Metropolitana de São Paulo), distante 18 km da Capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal pólo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
Conforme último Censo, divulgado em 2010, com estimativa para 2014, Santo André possui 707.613 habitantes. No ano de 2013, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 25,028 bilhões, sendo o 25º maior do País e o 10º maior entre as cidades do Estado de São Paulo. O orçamento previsto para 2016 é de R$ 3,38 bilhões.
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