Evento da Secretaria de Saúde de Santo André contou com a participação de 160 pessoas, entre vítimas e profissionais, e teve como objetivo preparar as equipes de emergência para situações reais
Santo André, 28 de abril 2016 – A cena tem início com a chegada de um veículo em alta velocidade, com quatro assaltantes; três deles descem do veículo e entram no banco para efetuar um roubo. Começa uma troca de tiros entre os bandidos e os seguranças. Dois dos assaltantes fogem e um deles permanece no local com reféns. Com a chegada da Polícia Militar, acionada por um munícipe que estava no local, tem início uma negociação. Enquanto isso, outras viaturas de apoio vão chegando à cena. Durante a negociação, as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Santo André (SAMU) e outros hospitais, viaturas dos Bombeiros, Defesa Civil, Guarda Civil Municipal e as outras equipes começam a se posicionar para atender as vítimas. À medida que o assaltante libera alguns reféns, os mesmos vão sendo direcionados para triagem no posto médico avançado (PMA). Após a rendição do assaltante, a polícia entra para vistoriar o local e verifica que há mais vítimas. Com o local seguro, as equipes de resgate entram para retirar os feridos restantes.
A cena acima ocorreu durante o Simulado Anual de Incidente de Múltiplas Vítimas de Santo André, realizado hoje (28), às 14h, na Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (CRAISA), em Santa Teresinha. O evento é organizado pelo Comitê Gestor da Urgência e Emergência do município, através da sua Câmara Técnica, com o propósito estar preparados e organizados para atender eventos com múltiplas vítimas. Neste ano, participaram da ação 160 pessoas de quase 20 instituições públicas e privadas. Para que as equipes desenvolvam um trabalho integrado foram realizadas ao longo de um ano reuniões quinzenais com os representantes de cada equipe para alinhar os procedimentos de cada serviço.
“No Brasil, temos pouca tradição em simular eventos que apresentam múltiplas vítimas. Quando esses eventos acontecem, infelizmente, temos muitos desfechos desfavoráveis, exemplo disso, foi o incêndio na boate Kiss. Simular esses eventos não é um teatro, é uma necessidade. Realizamos anualmente essa ação, pois assim se precisarmos nossas equipes estarão treinadas e capacitadas para agir nesses casos da melhor maneira possível”, relatou o Secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte.
Neste ano, as equipes envolvidas optaram por uma situação diferente das convencionais em simulados do tipo, onde há explosões, acidentes de trânsito ou derramamento de produto químico. “Procuramos escolher um tema que está muito presente no cotidiano e que não havíamos trabalhado nos últimos anos”, explica o diretor do Departamento da Rede de Atenção às Urgências e Emergências e SAMU e Coordenador do Comitê Gestor de Urgência e Emergência do Município de Santo André, Evandro José Gonçalves. Durante o simulado, os profissionais estavam sendo avaliados e em breve as equipes se reunião para avaliar o desempenho.
Método START - Para o atendimento as vítimas, as equipes de saúde seguiram o método START (em português, Simples Triagem e Rápido Atendimento), processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta da equipe de socorro. Nele, o médico responsável pela triagem classifica o paciente de acordo com um sistema de prioridades, possibilitando atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.
A hierarquia de prioridades é separada por cores. A cor vermelha é utilizada para pacientes que apresentam necessidade primária de atendimento; amarelo para quem apresenta necessidade secundária; verde para quem possui necessidade tardia e cinza é utilizada para casos de óbitos evidentes ou quadros terminais, sem possibilidade de recuperação.
Na simulação, houve 22 vítimas no total, quatro delas classificadas na cor vermelha, seis amarelas, dez verdes e duas cinzas. Após os primeiros-socorros, as vítimas foram removidas para hospitais públicos ou privados para dar continuidade ao tratamento. Os ferimentos eram causados, em geral, ou por arma de fogo ou por quedas devido à situação de pânico.
Para uma resposta adequada e eficiente aos incidentes com múltiplas vítimas é essencial, além da somatória das ações específicas dos diversos serviços, a organização de um Centro de Gerenciamento de Crise, responsável por coordenar e integrar todas as ações necessárias para o restabelecimento da saúde e da ordem de forma breve e racional. Participaram do planejamento do Simulado este ano as seguintes instituições: o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Santo André (SAMU), o Corpo de Bombeiros (COBOM), Policia Militar (10º e 41º Batalhões e Escola de Soldados), Guarda Civil Municipal (GCM), Defesa Civil, Departamento de Trânsito, Polícia Científica, Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (CRAISA), o Centro Hospitalar do Município de Santo André (CHM), Hospital Estadual de Santo André (HESA), Hospital da Mulher, Hospital e Maternidade Brasil, Hospital e Maternidade Christovão da Gama, Hospital e Maternidade Bartira, Hospital Santa Helena, Rede de Urgência e Emergência Municipal (UPAs e PAs), Faculdade de Medicina do ABC e Secretaria de Inclusão Social.
Sobre a Secretaria de Saúde
Com orçamento previsto de R$ 574.526.000,00 para 2016, a Secretaria de Saúde tem destinado o maior valor da peça orçamentária da Prefeitura de Santo André.
A rede de saúde municipal é composta por 33 unidades de atenção básica; dois hospitais (Centro Hospitalar Municipal e Hospital da Mulher); três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas; quatro PAs (Prontos Atendimentos) 24 horas; três Centros de Especialidades Médicas; um Centro de Reabilitação Municipal; dois Centros de Especialidades Odontológicas; um Ambulatório de Moléstias Infecciosas; um Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, um Centro de Terapia Comunitária e um laboratório de análises clínicas, além do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Na área de Saúde Mental, são quatro Caps (Centros de Atenção Psicossocial); cinco serviços residenciais terapêuticos; duas repúblicas terapêuticas; um consultório na rua (veículo) e um Caps itinerante, além de Núcleo de Projetos Especiais. Na Vigilância à Saúde, o município dispõe de divisões Sanitária, Epidemiológica, Controle de Zoonoses/Ambiental e Saúde do Trabalhador.
A Pasta também oferece apoio diagnóstico e terapêutico, desde municipal até terceirizado, por meio de contratos e convênios. Também trabalha em parceria com a Fundação do ABC, mantenedora da Faculdade de Medicina, que oferece serviços e atendimentos à população.
A respeito de Santo André
A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. Alocalidade passou a ser parte de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo, que abrigava todo o ABC. Com a transferência de sede em 1939, passou a ser denominado Santo André. O nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².
Localiza-se no ABC paulista (região metropolitana de São Paulo), distante 18 kmda capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal polo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
Conforme o Censo 2010, com estimativa para 2014, Santo André possui 707.613 habitantes. Em 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 18,085 bilhões, sendo o 32º do País e o 12º no Estado de São Paulo. O orçamento previsto para 2016 é de R$ 3,38 bilhões.
Links
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Bianca Fontes (texto) – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Elaine Granconato – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.