Profissionais do hospital de Santo André comandaram ação educativa para higienização das mãos, antes e pós os procedimentos, na prevenção de bactérias
Santo André, 19 de maio de 2016 – Do pernambucano Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, à britânica pop Adele. Sucessos na voz dos consagrados cantores e compositores serviram de inspiração para o Vozes do CHM (Centro Hospitalar Municipal), show comandado por 22 profissionais de saúde, entre enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, médicos, nutricionistas e fisioterapeutas, que, em um trabalho em equipe e de conscientização, conseguiram reduzir em quase 23% o índice de infecção na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto, um dos setores mais críticos de um hospital. A performance educativa, em forma de paródia e sob o comando do DJ André Turibio de Souza, lotou o anfiteatro em duas apresentações nesta manhã, com direito a repeteco nesta sexta-feira (20) – às 9h e às 10h30.
Entre as paródias, o famoso Baião, de Luiz Gonzaga, foi substituído pelo ‘Baião das Mãos’, na voz da auxiliar de enfermagem Shirlei Mateus, que trabalha na UTI adulto, instalada no terceiro andar do CHM e composta por 30 leitos. “Eu vou ensinar pra você, como se lava as mãos: é só abrir a torneira e pegar água e sabão”, entoou Shirley do Borel, que teve todas as cadeiras viradas pelos quatro jurados, entre eles, Maria Aparecida dos Santos, a Cidinha Brown, que atua na CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar). O musical foi todo inspirado no The Voice Brasil, exibido pela TV Globo.
Mas também teve quem não agradou os jurados nem a plateia, integrada por trabalhadores de várias áreas da saúde do CHM, inclusive do setor da limpeza – cerca de 200 pessoas, entre as duas apresentações do dia. Caso da Banda Resistente A Vanco, que uma fez referência ao antibiótico Vancomicina utilizado no combate as infecções bacterianas, desclassificada logo de cara. Com a música ‘Eu vou correr, eu vou surtar’, para desespero da dupla João Lucas e Marcelo, do hit Eu quero tchu, eu quero tcha’, os quatro representantes de Goiás não se classificaram com a letra totalmente contrária aos cinco momentos corretos para higienização das mãos.
KIT – Logo na entrada do anfiteatro, o público ganhava um frasco de álcool gel, com suporte para pendurar no avental de trabalho, além de um kit composto por pirulito, em forma de mão, e informativo alusivo à Semana de Controle de Infecção do CHM, mais objeto lúdico para torcer por seu candidato favorito.
O Projeto Mãos Limpas foi retomado em outubro do ano passado e consiste na higienização das mãos não só pelos profissionais da saúde como pelos visitantes. Neste caso, lavagem com água e sabão, e/ou o uso do álcool gel, para prevenção da transmissão de germes. A princípio, ganhou corpo na UTI adulto e começa a avançar para a UTI pediátrica.
A intenção é estender o projeto para vários outros setores do hospital, inclusive o Pronto-Socorro e a clínica médica. Para o diretor do CHM, o médico José Antonio Souto Tiveron, que acompanhou a primeira apresentação, o combate a infecção hospitalar é primordial. “A receita é simples, mas fundamental”, apontou o profissional, referindo-se a lavagem constante das mãos, principal fonte de contaminação, além do uso do álcool gel.
Os números comprovam que, após a introdução do projeto, o índice de infecções caiu na UTI adulto. Em 2015, neste setor, a média de incidência de infecção registrava 21,43 para cada mil pacientes dia, indicador que baixou para 16,54 entre janeiro e abril deste ano. Ou seja, diferença de 22,8%, segundo levantamento do Necih (Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar) do CHM.
‘Vozes do CHM’ – Edição Mãos Limpas
Data – nesta sexta-feira (19).
Horário – às 9h e às 10h30.
Local – anfiteatro do CHM (Centro Hospitalar Municipal).
Endereço – Avenida João Ramalho, 326.
Foto – Profissionais fecham o Vozes do CHM: objetivo foi multiplicar a informação da importância de higienização das mãos, medida básica para a reduzir a infecção hospitalar
Sobre a Secretaria de Saúde
Com orçamento previsto de R$ 574.526.000,00 para 2016, a Secretaria de Saúde tem destinado o maior valor da peça orçamentária da Prefeitura de Santo André.
A rede de saúde municipal é composta por 33 unidades de atenção básica; dois hospitais (Centro Hospitalar Municipal e Hospital da Mulher); três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas; quatro PAs (Prontos Atendimentos) 24 horas; três Centros de Especialidades Médicas; um Centro de Reabilitação Municipal; dois Centros de Especialidades Odontológicas; um Ambulatório de Moléstias Infecciosas; um Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, um Centro de Terapia Comunitária e um laboratório de análises clínicas, além do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Na área de Saúde Mental, são quatro Caps (Centros de Atenção Psicossocial); cinco serviços residenciais terapêuticos; duas repúblicas terapêuticas; um consultório na rua (veículo) e um Caps itinerante, além de Núcleo de Projetos Especiais. Na Vigilância à Saúde, o município dispõe de divisões Sanitária, Epidemiológica, Controle de Zoonoses/Ambiental e Saúde do Trabalhador.
A Pasta também oferece apoio diagnóstico e terapêutico, desde municipal até terceirizado, por meio de contratos e convênios. Também trabalha em parceria com a Fundação do ABC, mantenedora da Faculdade de Medicina, que oferece serviços e atendimentos à população.
A respeito de Santo André
A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. A localidade passou a ser parte de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo, que abrigava todo o ABC. Com a transferência de sede em 1939, passou a ser denominado Santo André. O nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².
Localiza-se no ABC paulista (região metropolitana de São Paulo), distante 18 km da capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal polo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
Conforme o Censo 2010, com estimativa para 2014, Santo André possui 707.613 habitantes. Em 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 18,085 bilhões, sendo o 32º do País e o 12º no Estado de São Paulo. O orçamento previsto para 2016 é de R$ 3,38 bilhões.
Links
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Mais informações para a imprensa
Elaine Granconato – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
