Durante todo mês de janeiro, o espelho d’água no Paço Municipal esteve iluminado na cor roxa, tema da campanha
Santo André, 26 de janeiro de 2018 - Tudo começa com uma mancha que é ignorada e pode evoluir para infecções e até compromete a movimentação de membros. A hanseníase é uma doença bacteriana que se inicia de forma silenciosa por manchas dormentes e que se não tratada, pode comprometer não só a pele, mas também os nervos, olhos, nariz, ossos e alguns órgãos internos. No próximo dia 28 de janeiro é celebrado o dia internacional da doença e a Prefeitura de Santo André aderiu a campanha do janeiro roxo para alertar a população sobre a prevenção e o mais importante: para lembrar que com o tratamento há cura.
“A hanseníase é transmitida por vias áreas, porém apenas no contato com pessoa doente e sem tratamento, após longos períodos de convivência. Estima-se que leva de três a cinco anos para que a outra pessoa desenvolva a doença”, explica a dermatologista Elza Aicó Towata, do Centro de Especialidades I. A médica acrescenta que “o principal motivo para que as pessoas desconheçam que são portadoras da doença, na fase inicial, é que uma mancha dormente é facilmente confundida com outras causas e então, ignorada”.
Para diagnosticar a hanseníase, o paciente deve procurar a sua unidade básica de saúde de referência e informar ao médico os seus sintomas. Caso o profissional suspeite desse diagnóstico, encaminhará para o dermatologista avaliar o caso. Se for confirmada a suspeita, o tratamento da doença é feito no Centro de Especialidades I, onde também é fornecido o medicamento. A duração do tratamento varia de 6 a 12 meses. Durante todo mês de janeiro o espelho d’água no Paço Municipal esteve iluminado na cor tema da campanha. Além disso, para aproveitar a grande concentração de pessoas, foi enviado para a Diocese de Santo André, um texto de orientação sobre a doença a ser lido nas missas do dia 28 de janeiro.
Texto: Bianca Fontes