Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Santo André e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Prefeitura Municipal de Santo André
Acompanhe-nos:
Rede Social Facebook
Rede Social Instagram
Rede Social Youtube
Notícias
JUN
28
28 JUN 2019
Santo André realiza atividades em comemoração ao mês do orgulho LGBT+
receba notícias

 

Assuntos como diversidade, identidade de gênero, orientação sexual, nome social e legislação foram abordados

Santo André, 28 de junho de 2019 - A Secretaria de Saúde, por meio do Centro Hospitalar Municipal Dr. Newton da Costa Brandão, recebeu na tarde da última quarta-feira (26) uma roda de conversa em comemoração ao mês do orgulho LGBT+. O hospital, que constantemente realiza palestras e atividades educativas, desta vez trouxe o tema "Educando para a Diversidade Sexual e de Gênero - Direitos e Saúde da População LGBT+".

Na ocasião, assuntos como identidade de gênero, orientação sexual, nome social e legislação foram abordados. A atividade contou com a participação do advogado Felipe Daier, especializado na defesa de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, do psicólogo e professor universitário José Alberto Roza Júnior,  da Janaína Falcão uma mulher transexual que milita pela causa LGBT e ainda a performance da drag Queen Lucas Miziony no encerramento.

"É importante que todo profissional da Saúde tenha outro olhar na abordagem à população LGBT, tanto que o evento foi aberto à toda a rede assistencial do município. O preconceito pode ser oriundo de desconhecimento e nossa missão é qualificar o atendimento em todos os serviços, afinal, um dos compromissos do SUS é a formação de profissionais. Como Hospital Universitário, com tantas escolas da área da saúde atuando,  CHMSA cumpre seu papel. Devemos focar na qualificação do atendimento a esse público, vítima de exclusão, vulnerabilidade e agressões. Questões como o respeito ao uso do nome social, a hormônio terapia para homens e mulheres trans, e não apenas a cirurgia de redesignação sexual, precisam ser compreendidas e trabalhadas por equipe multidisciplinar",explicou a médica responsável pelo Núcleo de Educação em Saúde do CHMSA, Dra. Ekatriny Antoine Guerle.

A opção pela roda de conversa para a realização da atividade contribuiu para que os profissionais pudessem expor suas vivências e experiências de forma equilibrada, o que garantiu um bate-papo leve e descontraído. A platéia interagiu com os convidados tirando dúvidas durante todo o tempo.

Segundo  o advogado Felipe Daier, essa discussão é necessária para que os direitos da população LGBT+ não sejam violados. “É muito importante falar sobre esse assunto para os profissionais, principalmente os que fazem o primeiro atendimento à população, seja na recepção ou triagem, para garantir direitos e preservar a dignidade dessa população no setor de saúde, onde surgem dúvidas sobre protocolos e o que é garantido ou não”, comentou. “Estamos trazendo informações técnicas e também específicas de vivência desta população, pois trabalhamos diariamente para garantir que os direitos não sejam violados. Às vezes, o indivíduo não se percebe como violador, portanto, é preciso atuar no sentido do esclarecimento e tirar dúvidas  sobre os grupos que fazem parte dessa população, a partir de questões como raça e gênero”, completou o advogado.

Médico de Educação Continuada do Centro Hospitalar, Dr. Roberto Milani acompanhou a ação e falou sobre a importância de trazer esse assunto para os profissionais da área da saúde. “Abordar esse tema no ambiente hospitalar reflete a importância de um atendimento que respeite a população em toda a sua diversidade. Conhecer as especificidades do público LGBT+ é fundamental para que os profissionais da área da saúde possam atender esse grupo de forma mais acolhedora e humanizada", comentou.

De janeiro a maio deste ano, de acordo com dados fornecidos pela ONG ABCD’S, Santo André registrou 43 tentativas de suicídio de LGB e houve a concretização do suicídio de sete pessoas. Foram registradas também 23 tentativas de suicídio de pessoas transexuais e a concretização do suicídio de seis pessoas. “Precisamos ter um atendimento de prevenção e promoção à saúde porque essas pessoas estão morrendo, o índice de suicídio de pessoas LGB é três vezes maior do que a população geral e o índice de suicídio de pessoas  trans ou travestis é seis vezes maior do que a população em geral e isso se equipara ao nível de depressão. Isso não tem nada haver com transtorno mental, isso está associado a LGBTfobia”, comentou o psicólogo e professor universitário, José Alberto Roza Júnior.

Outras ações -

Nos dias 27 e 28, o Auditório Heleny Guariba recebeu o “Sarau + Diversos: Todos pelo fim da discriminação”. A iniciativa, realizada pelos  CAPS em parceria com o Programa de Agravos Crônicos Transmissíveis, debateu a discriminação, promovendo a união de força e solidariedade.

A Casa da Palavra  também foi palco para um sarau na noite desta sexta-feira (28). O "Sarau da Diversidade", organizado pelo Consultório na Rua,  tem como objetivo principal promover as manifestações artísticas e os cuidados em saúde de forma leve e descontraída,  sobre temas de maior relevância, sempre com o foco na redução de danos e agravos em saúde.

Texto: Rafaela Mazarin

Foto: Angelo Baima 

Última modificação emSexta, 28 Junho 2019 18:57
Fonte: Rafaela Mazarin
Seta
Versão do Sistema: 3.4.3 - 10/03/2025
Copyright Instar - 2006-2025. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia