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AGO
24
24 AGO 2022
CULTURA
Arquitetos da Prefeitura de Santo André recebem menção honrosa pelo projeto de revitalização do Cine Carlos Gomes
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Arquitetos da Prefeitura de Santo André recebem menção honrosa pelo projeto de revitalização do Cine Carlos Gomes
Santo André, 24 de agosto de 2022 – A equipe de arquitetos da Prefeitura de Santo André responsável pelo projeto de restauro do Cine Theatro Carlos Gomes recebeu na noite desta terça-feira (23) o diploma de menção honrosa na categoria ‘Boas Práticas de Preservação do Patrimônio Cultural 2021’. A premiação foi concedida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP), na sede da entidade, no Centro da Capital.
 
Segundo a arquiteta Fátima Regina Mônaco Guides, da Secretaria de Cultura, uma das integrantes da equipe premiada, o CAU-SP busca valorizar o patrimônio histórico, realizando anualmente uma programação com uma série de atividades presenciais e virtuais para tratar do tema. E no encerramento do evento, na noite desta terça, foi realizada a entrega dos prêmios.
 
“A importância desta programação é a valorização do patrimônio cultural do Estado e a menção honrosa prestigia projetos que atendem às boas práticas e que foram executados priorizando o patrimônio”, comenta a arquiteta. Fátima destacou ainda o fato de o projeto de Santo André ser o premiado dentre todos os outros apresentados pelos poderes públicos e prefeituras do Estado de São Paulo.
 
A arquiteta Mônica Nunes, da Secretaria de Cultura, destaca que a menção honrosa representa o reconhecimento do CAU-SP ao projeto arquitetônico e urbanístico desenvolvido pelos arquitetos e urbanistas servidores de Santo André.
 
“Se pensarmos que é um concurso estadual, e que fomos agraciados, podemos considerar que o trabalho cumpriu seu objetivo com destaque. Essa menção honrosa dará visibilidade para o projeto em vários níveis”, diz.
 
Além de Fátima Regina Mônaco Guides e Mônica Nunes, da Secretaria de Cultura, integram a equipe de profissionais responsáveis pelo projeto de restauro do Cine Theatro Carlos Gomes os arquitetos Belmiro dos Santos (que na época atuava na Secretaria de Cultura), Evandro Gonçalves Trevelin (Secretaria de Inovação e Administração) e Fábio Ricardo Figueirinha (Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos).
 
Projeto - Inaugurado em 1925, o Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes reabriu as portas em 8 de abril deste ano, quando foram celebrados os 469 anos de Santo André. O espaço passou por uma grande intervenção para sua recuperação e reocupação, que beneficiou também o espaço do entorno. O projeto arquitetônico uniu preservação e modernidade.
 
A intervenção no edifício de 1.032 metros quadrados promoveu a recuperação e reocupação do espaço que está prestes a completar um século de existência. Por meio de adequações físicas, que seguiam os princípios atuais de intervenção em patrimônio histórico, a ideia foi produzir um ambiente propício à implementação das políticas municipais de apoio e incentivo à cultura.
 
O projeto visou ainda a criação de um espaço multifuncional e flexível e, para isso, optou-se pela utilização do edifício dentro do conceito de praça coberta.    
Uma intervenção urbanística complementar à obra também foi implantada, com adequações no calçadão da Rua Cesário Mota e a criação de um calçadão no início da Rua Senador Flaquer. Tal iniciativa integrou o prédio à cidade e ampliou a área de convivência com criação de mais espaços para atividades culturais, de exposição e de lazer ao ar livre.
 
A compatibilização da arquitetura do edifício com a proposta de urbanização das áreas externas foi um dos eixos que nortearam o projeto, mas o desafio de recuperação do Carlos Gomes também teve como eixos a preservação das paredes originais da plateia e da boca de cena italiana, a recuperação e valorização da estrutura de madeira da cobertura, bem como das telhas de barro do tipo francesa.
 
O restauro levou em conta ainda a recuperação e valorização dos elementos existentes identificados como de valorização da memória, por exemplo, a pintura decorativa das paredes internas e a boca de cena, bem como a recuperação e valorização de fragmentos de tijolo espelhado no palco, do piso de ladrilho hidráulico na área de apoio e das portas de madeira da antiga plateia, além da inserção de elementos contemporâneos para trazer de volta a configuração original do espaço, tal como a reconstrução do mezanino.
 
A edificação contempla espaços e infraestrutura necessários ao desenvolvimento de exposição permanente sobre o Cine Theatro Carlos Gomes e sobre o patrimônio cultural; exposição temporária de artes visuais; visualização de vídeos; projeção de filmes; apresentação de dança, peças de teatro e musicais; oficinas e leitura.
 
Como suporte às atividades principais, o projeto contempla as seguintes áreas de apoio: sanitários para o público, sanitários para funcionários, copa, sala de administração, sala de preparo de artistas, espaço para depósito de estruturas de exposição, depósito de material de manutenção e limpeza, loja e café/lanchonete.
 
Histórico - Antes de ocupar o imóvel localizado na rua Senador Flaquer, o Cine Theatro de Variedade Carlos Gomes foi inaugurado em 21 de setembro de 1912, em um espaço que ficava na Rua Coronel Oliveira Lima, na esquina com a Rua Savino Degni. Já nasceu como uma casa de diversões públicas dedicada a bailes, carnavais, concertos, óperas, revistas musicais, teatro e filmes, e por isso foi considerado o primeiro Cine Teatro do ABC, dando início ao movimento teatral na região.
 
Em 1923 começou a ser construída uma nova edificação - obra realizada por Gino Luiz Boschetti e Arthur Boschetti - com pinturas murais artísticas nas paredes e boca de cena de autoria de Luiz Cereja. Acima da boca de cena, o pintor retratou um medalhão com o perfil do compositor Carlos Gomes, sendo esse um elemento marcante no prédio que permanece até os dias de hoje. O novo cinema foi reinaugurado em agosto de 1925, na Rua Senador Flaquer, esquina com a Rua Cesário Mota e fundos para a Rua Gertrudes de Lima.     

| Texto: Marcos Imbrizi

| Fotos: Alex Cavanha e Helber Aggio
 
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