[img_assist|nid=3847|title=Da esquerda para a direita, Valter Molenlo Moisés, psicólogo, Tatiana Germano, enfermeira, e Isis Nascimento, diretora do CAPS –|desc=|link=node|align=left|width=326|height=284]A rede municipal de saúde mental da Prefeitura de Santo André, composta por nove endereços especializados em atendimento psiquiátrico e psicológico, virou referência. Num intervalo de apenas sete dias, a rede foi visitada por representantes de secretarias de saúde de dos municípios distintos. Na sexta-feira da semana passada (1º), a rede andreense recebeu visita de agentes de saúde da Prefeitura do Guarujá, no litoral paulista. Na última quinta (7) e sexta (8), foi a vez dos agentes de saúde da Prefeitura de Vitória, no Espírito Santo.
Em comum, as equipes das duas cidades vieram conhecer de perto a estrutura complexa e de atendimento ininterrupto que transformou o serviço de saúde mental de Santo André em referência nacional -- com direito a reportagem especial do programa A Liga, da Rede Bandeirantes. A reportagem televisiva com a residência de internação feminina foi visto por cerca de 500 mil telespectadores em todo Brasil, pelos cálculos da emissora.
“Viemos colher experiências e conhecer a estrutura de recursos humanos, do espaço físico e a rede de suporte à internação” -- afirmou a diretora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Vitória, Isis Nascimento. Ela veio acompanhada de outros dois funcionários do Caps de Vitória, o psicólogo Valter Molenlo Moisés e a enfermeira Tania Germano.
A impressão dos visitantes do Guarujá não foi menos positiva: “Pudemos ter a certeza de que o serviço de saúde mental do município é organizado e estruturado. Por isso é referência e vanguarda no setor” – afirmou Eliane de Mesquita, supervisora do Caps, da Prefeitura de Guarujá.
O funcionamento ininterrupto da rede andreense é um dos pontos que atrai visitantes para além dos limites municipais. Os Núcleos de Apoio Piscossocial Naps I e II, localizados respectivamente nos bairros Jardim e Parque das Nações, prestam atendimento em plantão 24 horas, bem como o Naps especializado no tratamento de dependentes de Álcool e Drogas (AD), localizado no centro.
Outro ponto que chama a atenção é a estratégia de socialização de pacientes, à distância do estigma dos manicômios. A rede é formada por três residências terapêuticas: feminina (Vila São Pedro), masculina (Bangu) e mista (Bangu). Como o próprio nome indica, trata-se de residências aparentemente convencionais, que promovem a integração dos pacientes no convívio social, na mão oposta do isolamento típico dos manicômios. Foi justamente este caráter inovador que atraiu a atenção do programa A Liga, da Rede Bandeirantes, o qual tratou da residência feminina.
A estrutura da rede municipal permite que os Naps funcionem 24 horas por dia com retaguarda de atendimento na emergência do Centro Hospitalar Municipal. A administração do prefeito Dr. Aidan Ravin está ampliando a estrutura de atendimento da rede de saúde mental da cidade, com atendimento psicológico e terapêutico integrados.
No total, cerca de 1,2 mil pacientes são atendidos por mês nas unidades. A estrutura da rede de saúde mental da cidade conta ainda com o Caps – I (Centro de Apoio Psicossocial Infantil), localizado na Vila Guimar, o Casm (Centro de Atenção à Saúde Mental), no bairro Casa Branca e o NPE (Núcleo de Projetos Especiais), no Parque das Nações, que busca minimizar o efeito abusivo de álcool e drogas.
Daniel Betega
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