[img_assist|nid=4167|title=Centro Cívico de Santo André é Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo|desc=|link=node|align=left|width=361|height=240]O Paço Municipal de Santo André (Centro Cívico) foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo (Condephaat). O processo vinha sendo analisado há 15 anos por uma equipe técnica para valorizar a obra do arquiteto Rino Levi, um dos maiores nomes do modernismo no Brasil, que morreu em setembro de 1965.
Com o tombamento do Centro Cívico, última obra do arquiteto, qualquer modificação na fachada e nos elementos internos tem de passar pela aprovação do Condephaat. O Paço Municipal, que já era reconhecido pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Santo André) como patrimônio histórico, passa a ser o segundo monumento tombado, já que a Vila de Paranapiacaba foi o primeiro, em 1987.
“Esta ação é o reconhecimento do valor que este conjunto arquitetônico tem e que pertence à população de Santo André. É um privilégio ter nosso Centro Cívico tombado pelo Condephaat”, disse o prefeito de Santo André, Dr. Aidan Ravin.
Centro Cívico
A área que hoje compreende o Paço andreense formava a antiga Chácara Bastos, comprada pela família de mesmo sobrenome em 1890. Em 1922, o local foi loteado, restando apenas a sede.
No início da década de 1940, surgiram as primeiras intenções de desapropriar o lugar. Este processo foi finalizado em 1948, quando a posse passou para a Prefeitura de Santo André. O local transformou-se na Praça IV Centenário, inaugurada em 8 de abril de 1953 nas comemorações dos 400 anos da Vila de Santo André da Borda do Campo.
Na década de 1960 foi retomada a ideia de construir o Centro Cívico da cidade. A praça foi escolhida para tanto. O projeto selecionado foi o de Rino Levi, e o paisagismo, de Roberto Burle Marx. As obras tiveram início em 1966 e o complexo foi inaugurado, em partes, até 1971.
O prédio do Fórum de Santo André, que não faz parte do projeto inicial, foi idealizado pelo arquiteto Jorge Bonfim, respeitando o estilo das demais construções, e inaugurado ainda nos anos 70.
Outros tombamentos
O Condephaat também tombou outras seis construções do arquiteto Rino Levi, sendo cinco na capital e uma em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Entre as obras estão o conjunto do Cine Ipiranga e Hotel Excelsior, na Avenida Ipiranga, no Centro, de 1941; o Edifício Garagem América, na Rua Riachuelo, de 1952; a sede do antigo Banco Sul Americano do Brasil (hoje Itaú), na Avenida Paulista, esquina com a Rua Frei Caneca, de 1961; a residência Castor Delgado Perez, na Avenida 9 de Julho, de 1958; a antiga sede do Instituto de Filosofia, Ciência e Letras Sedes Sapientiae, na Consolação, de 1933; e a residência Olívio Gomes, na Fazenda Santana do Rio Abaixo, em São José dos Campos.
Daniela Mian
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