[img_assist|nid=4250|title=Yoshiriro Sawada expõe cenário internacional durante Ciclo de Palestras com Japão|desc=|link=node|align=center|width=640|height=408]
“O resultado que se espera de um evento como este é a geração de negócios, e ao poder público cabe o papel de facilitador”. Com esta frase franca e objetiva, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Santo André, Edson Salvo Melo, abriu o Ciclo de Palestras – Ações Internacionais com representantes do Japão, realizado na manhã desta quinta-feira (11).
O evento lotou o Auditório da Prefeitura de Santo André com a participação de exatos 111 convidados entre empreendedores, estudantes e integrantes do poder municipal, entre os quais o secretário adjunto da SDET, Charles Camargo, e o diretor do Departamento de Relações Internacionais (DRI), Reynaldo Lopes Megna.
Em sua apresentação, o diretor presidente da Japan External Trade Organization (Jetro), Yoshiriro Sawada, traçou o cenário internacional das relações comerciais entre o Brasil, o Japão e outros das principais nações do planeta. Representante do órgão oficial do governo japonês que conta com 73 escritórios de representação espalhados pelo mundo, além de outros 36 no país de origem, Sawada mostrou dados interessantes: com 127 milhões de habitantes, o Japão ocupa a 10ª posição entre os países mais populosos do mundo, mas ostenta honroso 3º lugar quando o parâmetro é o Produto Interno Bruto (PIB), isto é, o conjunto de riquezas produzido anualmente por sua população, atrás apenas dos Estados Unidos e mais recentemente da China, com 1,3 bilhão de habitantes.
A explicação para o contraste positivo entre população relativamente pequena e geração de riquezas proporcionalmente enorme é o foco na indústria de alto valor tecnológico, que pode ser facilmente percebido pela alta qualidade dos veículos que circulam pelo Brasil e pelo mundo.
Por outro lado, o Japão é grande importador de insumos minerais e alimentos, o que abre oportunidades para países como o Brasil, gigante do agronegócio e um dos maiores produtores mundiais de petróleo. “Cerca de 90% do frango importado pelo Japão vem do Brasil” – informou Sawada.
Na seqüência, o diretor do Japan Bank for International Cooperation (JBIC), Masaki Nemoto, mostrou por que o Japão virou tal potencia. O banco que ele representa é mantido pelo governo japonês e tem a função de financiar a compra de máquinas e equipamentos – produzidos no Japão – por parte de empresas estrangeiras. O modelo contribui para o desenvolvimento japonês na medida em que estimula a demanda de indústrias nipônicas.
Além dos dois palestrantes internacionais, o empreendedor Alexandre Ueda deu um toque local ao apresentar o case de sucesso da EVA, empresa especializada em produtos odontológicos que se transformou em exportadora graças ao suporte proporcionado pela Prefeitura de Santo André. Mais especificamente, Ueda foi um dos participantes de curso gratuito sobre exportações oferecido pelo Departamento de Relações Internacionais da SDET.
Ações Internacionais
Este foi o sexto evento promovido neste ano pelo Departamento de Relações Internacionais da SDET no âmbito do Ciclo de Palestras – Ações Internacionais. Em 12 de agosto, foram realizadas palestras com representantes dos Estados Unidos no Teatro Municipal. Nos meses anteriores, foram realizados eventos com câmaras comerciais de Cabo Verde, China e Áustria. Em outra ação, o DRI trouxe um representante do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para apresentar o Progex, modelo de consultoria voltado especificamente aos empreendedores interessados em adaptar seus produtos a diferentes normais técnicas e exigências internacionais.
Além disso, o DRI promoveu – em 2010 – visitas técnicas ao terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos, ao Porto de Santos e à estação aduaneira (porto seco) Eadi Wilson, Sons, localizada na Avenida do Estado, em Santo André.
“Nosso objetivo é proporcionar condições para a internacionalização das empresas de Santo André. A inserção das empresas no comércio mundial proporciona empregos e impostos, por meio das exportações, e favorece a ampliação da competitividade local graças ao rompimento de paradigmas e à elevação dos parâmetros de qualidade” – destaca Edson Salvo Melo, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SDET) da Prefeitura de Santo André.
Exportações
Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que Santo André é a 18ª cidade do Estado e a 62ª do País no ranking das cidades que mais exportam. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, as cerca de 120 empresas exportadoras de Santo André faturaram US$ 465 milhões com o comércio internacional.
André Marcel de Lima
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