A preocupação com a aparência tem levado mulheres e homens ao consumo desenfreado de cosméticos e à procura por serviços de beleza. Entretanto, a garantia do visual atraente está atrelada a uma série de precauções, como a escolha criteriosa de profissionais e empresas especializadas. A dica é do Procon de Santo André, órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Jurídicos do município.
Acertar na escolha não é tarefa fácil, haja vista a grande quantidade de estabelecimentos do ramo e a diversidade dos serviços oferecidos. Uma recomendação valiosa é pedir indicação a conhecidos. “Isso ajuda muito, pois a referência de quem frequentou o local garante certa segurança”, esclarece Ana Paula Satcheki, diretora do órgão.
Outra orientação é pesquisar se a empresa é idônea e se faz parte da lista de reclamações no Procon. Em caso negativo, é importante visitar o estabelecimento para checar o ambiente antes da contratação dos serviços. ”A qualidade do atendimento e dos produtos é primordial”, ressalta Ana Paula.
Higiene e organização são itens que devem ser avaliados. A existência de materiais enferrujados e sujos liga o sinal de alerta, pois podem comprometer a saúde dos clientes. Ana Paula lembra que os casos de hepatite têm aumentado nos salões por falta de esterilização dos alicates usados por manicures e podólogas. “Esse é um assunto em destaque constante na mídia. Por isso, os médicos sugerem atenção redobrada. O Código de Defesa do Consumidor considera serviço defeituoso quando não fornece a segurança esperada pelo consumidor”.
Com base no diado “a primeira impressão é a que fica” é que muita gente não mede esforços e nem economiza recursos para ganhar um novo look. A mudança da cor dos cabelos é um dos serviços mais requisitados. A recomendação, nesse caso, é cautela. “Antes de se submeter ao procedimento químico, é importante saber se o profissional é qualificado e se os produtos que serão usados nos cabelos são de boa qualidade. Além disso, deve passar por um teste para verificar possíveis reações alérgicas”, explica a diretora.
Ana Paula acrescenta que o consumidor que sofrer danos causados por aplicação de tinturas inadequadas pode entrar com ação contra o proprietário do estabelecimento e o fabricante do produto. “Ambos poderão responder por perdas e danos, na medida de sua culpabilidade”.
Publicidade enganosa
Na hora da assinatura do contrato junto às academias de ginástica e clínicas de estética, é preciso ler as cláusulas com atenção para não ser passado para trás. É muito comum a prática de publicidade enganosa, de acordo com a diretora do Procon. “Isso ocorre quando a empresa deixa de informar dados essenciais sobre os produtos ou serviços”.
Como exemplo, Ana Paula cita as promessas milagrosas de redução de medidas e emagrecimento em pouco tempo. “A garantia dos resultados é de responsabilidade da empresa. Se o prometido não for cumprido, a pessoa pode mover ação por perdas e danos contra o estabelecimento, além de denunciá-lo ao Procon para constatação de infração às normas de defesa do consumidor”.
A diretora alerta os consumidores sobre a oferta de pacotes de serviços, principalmente nas academias. “Como a diferença de preços é grande entre um contrato mensal e semestral, muitos consumidores acabam optando pelo semestral ou mesmo anual, que oferece valores reduzidos. É uma maneira de a empresa fidelizar o cliente, entretanto, o contratante precisa ter clareza que, ao optar por um destes pacotes, ficará atrelado ao estabelecimento prestador de serviço por um período maior”, ressalta.
Ana Paula ressalva, porém, que o contratante tem o direito de voltar atrás e desfazer o contrato, se não aprovar os serviços prestados pela academia ou empresa do ramo. Segundo Ana Paula, o estabelecimento é obrigado a devolver o dinheiro ou cheques pré-datados.
SECOM PSA
Assessoria de Imprensa
Ivana Hammerle
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone: +5511 4433-0135
20/01/2011