O debate sobre políticas públicas voltadas às mulheres, realizado nesta terça-feira, no auditório Burle Marx, da Prefeitura de Santo André, colocou em pauta várias reivindicações do segmento feminino. O evento, denominado “Políticas públicas de gênero em suas diferentes interfaces”, fez parte da programação especial da Prefeitura, por meio do Departamento de Humanidades da Secretaria de Governo, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
As discussões contaram com a participação da vice-prefeita de Santo André, Dinah Zekcer, que também é secretária de Governo; primeira-dama andreense, Denise Ravin, presidente do Fundo Social de Solidariedade; da advogada Carmen Jane Santos Pinto Castilho, especialista em direitos da mulher; diretora do Departamento de Humanidades, Maryluci Faria de Araújo, diretora do Departamento de Humanidades; Julie Nakayama, representante da deputada federal Mara Gabrilli, em nome das mulheres com deficiência, e Simony Mascarenhas, presidente da União Brasileira de Mulheres, em Santo André.
“O debate abriu com chave de ouro os eventos de março, relativos ao mês da Mulher. Começamos com um único dia – 8 de março – e já conquistamos um mês todo dedicado às mulheres. Estamos ampliando nosso espaço na sociedade e é assim que deve ser”, observou a vice-prefeita. A primeira-dama também aprovou a iniciativa. “O evento foi de extrema importância, uma vez que debatemos questões de políticas públicas de gênero junto com representantes da sociedade civil, associações, mulheres que desempenham papel na política, nos levando à reflexão do quanto caminhamos, mas também de como o percurso é longo, o que nos leva a pensar numa luta de direitos sem fim, em que todos são convocados a participar ativamente”, disse.
Dentro da transversalidade, ou seja, uma política que alcança todos os setores da administração, as debatedoras abordaram temas importantes, como a necessidade da multiplicação de mamógrafos adaptados para mulheres com deficiência realizarem o exame periódico. Até mesmo a rivalidade entre as mulheres mereceu destaque. “Enquanto a mulher não superar o preconceito contra a própria mulher as políticas não surtirão efeito”, ressaltou Carmen Jane.
O problema das mães que faltam ao trabalho para cuidar de filhos pequenos doentes também fez parte da pauta. Uma das soluções sugeridas foi a inclusão de um dispositivo que garanta o dia de trabalho na CLT. “Esta é uma questão importante que merece atenção, pois elas não têm como se cuidar sozinhas”, afirmou Simony. Ainda houve espaço para discutir o grave problema da violência doméstica, incluindo o tratamento tanto para as vítimas quanto para os agressores.
SECOM PSA
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Ivana Hammerle/Eugenio Goussinsky
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02/03/2011
