A Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Saúde, distribui telas mosquiteiras para proteção de caixas d´água. O objetivo é evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A ação, coordenada pelo Departamento de Vigilância a Saúde (DVS), tem como público alvo prioritário famílias de baixa renda.
A ação é feita em duas etapas: cadastramento e entrega. A demanda é definida de acordo com a avaliação dos agentes de controle de zoonoses, durante o trabalho rotineiro de prevenção à dengue. “É mais uma forma de atuarmos no trabalho preventivo. Dispomos de mil unidades de telas para caixas d´água de mil litros e duas mil unidades para caixas de 500 litros”, informou o secretário de Saúde e Gabinete de Santo André, Nilson Bonome.
A instalação das telas é feita pelos moradores, que são orientados pelos agentes de saúde, inclusive, quanto ao tempo de uso, já que o material tem caráter provisório. “É uma ação imediata. Evitamos criadouros, mas explicamos ao morador que ele precisa tampar corretamente sua caixa d´água”, esclareceu o secretário.
Antonio de Jesus, que reside no Núcleo dos Ciganos, em Utinga, recebeu a tela, pois em sua casa a caixa d´água é tampada com madeira. “A gente nem pensa que lá na caixa o mosquito vai ficar. O pessoal da dengue esteve aqui, me explicou e agora vou colocar a tela”, disse. “Tem crianças aqui e não quero ninguém doente”, completou.
Fibra de vidro
A tela mosquiteira para caixa d´água é produzida com fibra de vidro revestido com PVC. A malha é lavável e não cria mofo nem fungo. O material é resistente, não é tóxico, ecologicamente correto e possui tratamento anti UV (altamente resistente a intempéries, inclusive aos raios ultravioletas).
Sua borda é costurada com cordão em polipropileno passante para que seja feito o ajuste da mesma na própria caixa d´água. Junto ao cordão vai uma ponteira para facilitar o nó de fechamento. Uma das principais finalidades desta tela é a prevenção contra a proliferação do mosquito da dengue. Manter as caixas d´água muito bem fechadas é impedir que o mosquito da dengue faça do recipiente, com água limpa e parada, um criadouro.
[img_assist|nid=5670|title=Agentes de saúde mostram a tela e explicam aos moradores como deve ser instalada a peça|desc=|link=none|align=center|width=428|height=640]
Ações contra dengue
Por meio do Comitê Municipal Executivo da Dengue, encarregado de coordenar ações de combate ao mosquito transmissor da doença, Santo André criou um Plano de Contingência Municipal. O trabalho do comitê é intersetorial, focado não apenas no Departamento de Vigilância à Saúde (DVS), mas pelo Departamento de Assistência à Saúde (DAS), Centro Hospitalar Municipal, Coordenadoria de Planejamento, Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, Unidades de Pronto Atendimento e Serviço Móvel de Urgência.
A cidade foi dividida em 11 regiões – dez áreas urbanas e uma rural – e o trabalho é feito de casa a casa, por pesquisa de pontos estratégicos, fiscalização dos ecopontos, trabalho de informação, educação e comunicação. Foram elaborados e colocados em prática planos de contingência assistencial, ambiental e de educação sob a orientação do Comitê Executivo da Dengue no âmbito municipal. Ações diretas, como bloqueios de criadouros e de nebulização, vistorias de vetor da dengue, arrastão em área programada e a imóveis especiais, controle de criadouros específicos (bromélias) e distribuição de telas de caixa d’água e Análise de Densidade Larvária já vêm sendo realizados. No total, o contingente de atuação contra a dengue em Santo André é de 100 agentes de controle de zoonoses e 240 agentes comunitários de saúde.
Treinamento
Dentre as ações, foram criados grupos de trabalho e treinamento e aperfeiçoamento dos profissionais da rede. O objetivo é ter diagnósticos precoces de dengue, pois quanto mais rápido se detecta o registro da doença, melhor é o seu enfrentamento. As redes primária (unidades de saúde), secundária (Prontos Atendimentos), terciária (Centro Hospitalar Municipal e Hospital da Mulher) e a Vigilância Sanitária estão envolvidas na campanha.
Outras ações foram acionadas para garantir a logística envolvendo pacientes, bem como os exames laboratoriais. Os laboratórios passam a ter uma rotina especial nas análises de amostras de casos suspeitos.
SECOM PSA
Assessoria de Imprensa
Nabor Jr./ Henrique Mioto
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15/04/2011
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