A cidade de Santo André receberá no feriado da Páscoa, entre os dias 21 e 23 de abril, a Organização Não Governamental (ONG) Um Teto para meu País (UTPMP). No município andreense, a ONG chilena deve construir cerca de 18 casas emergenciais no núcleo Cata Preta. O objetivo da ação é auxiliar pessoas em situação de extrema pobreza, por meio do trabalho de jovens voluntários, em sua maioria, universitários.
O trabalho da instituição é dividido em três etapas, sendo a primeira a de construção das unidades habitacionais pré-fabricadas. Depois, a organização pretende oferecer capacitação profissional, assistência jurídica, suporte educacional, ações de saúde e, por fim, auxiliar na transformação das comunidades em áreas sustentáveis.
Durante os três dias de trabalho, o grupo atuará simultaneamente em outras duas cidades da Grande São Paulo: Carapicuíba e Osasco. A meta da UTPMP é construir 500 moradias desse tipo no País, ainda este ano. Desde que iniciou suas atividades no Brasil, a ONG já construiu 426 casas com a colaboração e doação de voluntários, ajuda de empresas e apoio dos municípios. A Prefeitura de Santo André fornecerá transporte e alojamento para os jovens.
A organização surgiu por iniciativa de um grupo de universitários do Chile, em 1997, mas em 2001, após os terremotos em regiões do Peru e El Salvador, ampliou seu trabalho para outros países. Hoje está presente em federações como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Santo André
Por reconhecer a seriedade do trabalho da Um Teto para meu País na América Latina, a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), resolveu abrir as portas para a ONG. “Acreditamos que a experiência deles nesse tipo de intervenção contribui com as famílias em situação precária de núcleos, onde a administração não está intervindo no momento”, diz Frederico Muraro Filho, secretário da SDUH. Ele explica que o trabalho minimiza os riscos até que a situação seja equacionada.
O secretario acrescenta que a forma como a ação é desenvolvida, por meio da interação entre voluntários, comunidade e famílias que serão atendidas, traz benefícios a todas as partes envolvidas. “Optamos em receber a ONG em Santo André para este trabalho por eles terem histórico positivo em situações emergenciais em países latino-americanos, incluindo o Brasil. A partir do resultado, avaliaremos os próximos passos que tomaremos”, afirma Muraro.
A SDUH tem trabalhado para atender a necessidade de moradias dos andreenses que estão na faixa de 0 a 3 salários mínimos. Hoje o volume de projetos da Prefeitura representa investimentos de mais de R$ 220 milhões que devem atender cerca de 6 mil famílias, com a urbanização de áreas e a construção de moradias. Também estão em fase de estudo mais 18 projetos de urbanização em áreas de assentamentos precários, os quais deverão atender aproximadamente outras 4.700 mil famílias.
Em outro projeto, fruto da interação entre a Prefeitura, a Companhia Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e o Ministério Público, um plano geral que envolve regularização, urbanização e construção de moradias beneficiará cerca de 9 mil famílias que vivem no Jardim Santo André, uma das regiões mais populosas do município.
SECOM PSA
Assessoria de Imprensa
Fabíola Binas Rêgo
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20/04/2011
