O Hospital da Mulher de Santo André está remanejando espaços internos para aumentar a capacidade de partos sem abandonar a filosofia de acolhimento humanizado. A sala do Projeto Mãe-Canguru, onde bebês prematuros ficam mais tempo em contato com o carinho e o colo materno para ganhar peso, passa por ampliação para abrigar também recém-nascidos e mães prontos a receber alta. Com isso, é possível liberar em um dia até 3 leitos para acolher novas gestantes próximas de dar à luz.
“Potencializamos a estrutura para receber mais mulheres grávidas sem prejudicar a qualidade do atendimento. Na sala Mãe-Canguru as mães e bebês que estão aptos a deixar o hospital, só aguardando a visita do médico para a alta, contam com o mesmo ambiente aconchegante e atenção dos profissionais como se estivessem no quarto pós-parto. Temos ali berços, sofás que deitam e equipe clínica a postos”, descreve o Superintendente Amauri Chincho.
A experiência integra a filosofia da Rede Cegonha lançada em março último pela Presidenta Dilma Rousseff, que prevê assistência integral desde o pré-natal até os dois anos de idade da criança. A iniciativa do Hospital da Mulher de Santo André, administrado pela Fundação do ABC em parceria com a Prefeitura, foi inclusive citada no 20º Congresso de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, de 3 a 7 de maio, em Atibaia, que contou com 450 participantes, entre os quais Amauri Chincho.
O Hospital da Mulher realiza em média 380 partos/mês e poderia chegar à capacidade máxima de 500 partos mensais não fosse a limitação da UTI neonatal. O Ministério da Saúde credenciou 24 leitos nesse espaço e a Prefeitura de Santo André custeia outros 12. “Somos um hospital referência e não podemos aumentar o atendimento sem planejamento, já que UTI neonatal é espaço essencial para o perfil do nosso equipamento”, explica o Superintendente.
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Rede Cegonha
O Hospital da Mulher já executa vários quesitos do Rede Cegonha, lançado em 28 de março pelo Ministério da Saúde e que promete investir R$ 9,3 bilhões até 2014 em uma rede SUS de cuidados primários à gestante e à criança. Pelo programa federal, ao qual os municípios devem mostrar interesse em aderir, a rede deve disponibilizar desde o pré-natal (pelo menos seis visitas) e exames em Unidade Básica de Saúde, vale-transporte até as UBSs ou táxi ao hospital na hora do parto, até o parto seguro e pleno acolhimento nos leitos maternos do SUS, além de acompanhamento da criança até dois anos de idade.
No Hospital da Mulher há cursos aos sábados para mulheres que fazem pré-natal nos postos de saúde municipais e podem aprender sobre cuidados com a gravidez e o recém-nascido, visitas ao hospital para conhecer a filosofia de parto humanizado, Casa da Gestante para acolher gestantes de alto risco, Projeto Mãe-Canguru para prematuros, além de Banco de Leite Humano para suprir bebês cujas mães não podem amamentar.
Informações à Imprensa com Malu Marcoccia / Eduardo Nascimento
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