Equipamento tem buscado transformar a experiência hospitalar a partir de atividades manuais criativas como pintura, dobradura, crochê, tricô e trabalhos com miçangas
Santo André, 24 de abril de 2024 - O CHM (Centro Hospitalar Municipal de Santo André) tem utilizado estratégia inovadora de humanização para pacientes em internação de longa permanência. Por meio da arteterapia, que inclui atividades manuais criativas como colagem, pintura, dobradura, crochê, tricô e trabalhos com miçangas, o equipamento tem buscado transformar a experiência hospitalar, promovendo bem-estar e facilitando a expressão emocional dos pacientes.
“Temos investido em capacitação da equipe para oferecer ao munícipe andreense atendimento humanizado em consonância com o atendimento clínico. O CHM passou por grande reforma estrutural, em obra que entregamos no ano passado, o que permitiu ao centro médico, que acabou de completar 112 anos, se tornar um dos mais modernos da região, referência no atendimento hospitalar”, destaca o secretário de Saúde, Gilvan Junior.
Psicóloga hospitalar da Fundação do ABC, que administra o CHM em parceria com a Prefeitura de Santo André, Rosi Pocay ressalta o poder da arte como ferramenta assistencial e de comunicação. “A introdução dessas atividades manuais não só enriquece o ambiente hospitalar, mas oferece aos pacientes um canal expressivo alternativo, ajudando-os a articular sentimentos e experiências muitas vezes difíceis de expressar verbalmente”, completa.
As iniciativas funcionam como terapia complementar para assegurar bem-estar emocional aos pacientes. “A equipe psicossocial inicia esse trabalho pensando em reduzir o sofrimento dos pacientes hospitalizados. A arteterapia é mais um instrumento que vem para auxiliar o paciente em seu autoconhecimento, levando-o a uma reflexão sobre si e sua forma de ver o mundo e lidar com suas adversidades”, comenta a coordenadora do Serviço Psicossocial do CHM, Luci Meire Neves Bulla.
A iniciativa representa marco significativo na missão de humanização dos cuidados no CHM, sublinhando a importância da atenção à saúde mental e emocional no processo de recuperação. “Através dessa estratégia pioneira, o CHM e a FUABC não só buscam aliviar o estresse e a ansiedade dos pacientes durante internações prolongadas, mas também fortalecer a comunicação entre as equipes de saúde e os pacientes, criando um ambiente mais acolhedor e compreensivo”, acrescenta Gilvan Junior.
O impacto positivo da arteterapia já é visível entre os participantes, com muitos relatos de melhoras significativas ligadas, principalmente, ao humor e à disposição. A iniciativa é um testemunho do compromisso contínuo da unidade com a inovação no atendimento ao paciente, marcando um avanço na forma como o cuidado hospitalar é percebido e administrado.
"Eu adoro trabalhos manuais e já faço parte do grupo de bonequeiras do ABC. Essa atividade no ambiente hospitalar, além de descontraída, é terapêutica e nos ajuda a desviar o foco da dor", atesta a paciente Risolete Aparecida Maria, de 66 anos, internada na enfermaria de Clínica Cirúrgica.