Empresários brasileiros interessados em importar máquinas e equipamentos dos Estados Unidos dispõem de condições especiais que podem ser descritas como “de pai para filho”. É possível trazer bens de capital com financiamento de longo prazo a uma taxa de juro de 3,5% ano, quitar a primeira parcela após um período de seis meses de carência e sem a necessidade de oferecer bens como garantia.
Tais vantagens foram expostas por Fabio Yukio Yamada, representante do PNC Bank, o 5º banco dos Estados Unidos, durante o Ciclo de Palestras – Ações Internacionais , realizado em Santo André na noite desta quinta-feira (12), com representantes comerciais daquele país.
[img_assist|nid=2961|title=O evento contou com participação do secretário Edson Salvo Melo; do adjunto Charles Couto de Camargo; do presidente da Câmara|desc=|link=node|align=center|width=640|height=426]
Diante de uma plateia de cerca de 350 empreendedores no Teatro Municipal, Yamada se referia especificamente ao sistema do Export-Import Bank of the United States, agência criada em 1934 cuja missão é facilitar o financiamento de exportações de bens, produtos e serviços norte-americanos.
Yamada explicou que o Ex-Im Bank é financiado com recursos do governo norte-americano e funciona como espécie de seguro aos fabricantes norte-americanos. “Eles sabem que receberão pela venda mesmo na hipótese de o importador deixar de pagar. Est previsibilidade proporciona segurança e fomenta a economia norte-americana”, explicou.
Apesar disso, a inadimplência praticamente inexiste, segundo Yamada, porque a concessão do crédito está atrelada a um estudo da saúde financeira e da capacidade de pagamento das tomadoras de crédito. “Entre as prerrogativas para liberação dos recursos, é preciso apresentar o balanço contábil dos últimos três anos a fim de se constatar a lucratividade e a capacidade para contrair o financiamento. Além disto, o valor financiado é limitado a 40% do patrimônio líquido da empresa”, afirmou Yamada.
O sistema Ex-Im Bank vale para financiamentos de no mínimo US$ 500 mil.
Fundo perdido
Em outra palestra, o representante brasileiro da Agência Norte-Americana para Comércio e Desenvolvimento, Rodrigo Mota, apresentou outra modalidade de crédito que proporciona benefícios indiretos à economia dos EUA: o financiamento a fundo perdido de estudos de viabilidade econômica para projetos em setores como transporte; energia; tecnologia da informação e comunicações (TIC); meio ambiente.
[img_assist|nid=2962|title=Empresários presentes foram orientados sobre como facilitar o financiamento da exportações de bens|desc=|link=node|align=center|width=640|height=386]
“Financiamento a fundo perdido é aquele feito sem que haja necessidade de pagar em troca. Entretanto, é necessário que haja potencial de utilização de produtos, serviços e tecnologias americanas”, explicou Mota.
A USTDA, na sigla em inglês, é custeada pelo congresso norte-americano e financiou mais de 240 projetos em 51 países somente no ano fiscal de 2009. Especificamente no Brasil, a USTDA já financiou projetos de central de armazenamento de dados no Ceará, de sistema de saneamento básico em Minas Gerais e de implantação de banda larga no Acre.
O ciclo de palestras contou ainda com apresentações do ministro conselheiro do governo Barack Obama para Assuntos Comerciais, Daniel DeVito; do cônsul comercial dos Estados Unidos em São Paulo, Sean Relley; da vice cônsul dos Estados Unidos em São Paulo, Jeniffer Siregar, que discorreu sobre concessão de vistos aos brasileiros.
André Marcel de Lima