[img_assist|nid=3401|title=O PAA garantirá a aquisição de frutas, verduras, legumes, entre outros, de 161 produtores de oito municípios de São Paulo|desc=|link=node|align=center|width=640|height=422]
O Banco Municipal de Alimentos (BMA) recebeu na manhã desta segunda-feira (13) a primeira remessa de alimentos de agricultores familiares, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), ligado ao Governo Federal. O programa é ao mesmo tempo incentivo aos agricultores familiares para a produção de alimentos e acesso à alimentação saudável de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A primeira compra inclui mais de seis mil quilos de bananas (prata e nanica) vindas da cidade de Sete Barras (SP). Para Sebastião Serra, agricultor há 50 anos e responsável por fazer a entrega, é prazeroso poder vender alimentos em tão grande quantidade. “O PAA é vantajoso em diversos sentidos. A gente tem local certo para vender, evitamos os atravessadores (pessoas que compram e revendem) e conseguimos comercializar em atacado por preço melhor. Além disso, garantimos dinheiro de forma mais rápida”, conta.
Também agricultor, João Honório de Sousa destaca o cultivo de alimentos direcionados para o programa. “A maioria deles, como bananas, batata doce e pupunha, é natural, sem uso de agrotóxicos.”
O convênio garantirá a aquisição de frutas, verduras, legumes, entre outros, de 161 produtores de oito municípios de São Paulo: Boituva (6 agricultores familiares), Eldorado (20), Itaóca (44), Joanópolis (3), Porto Feliz (18), Santa Isabel (13), Sete Barras (36) e Socorro (21). Essa é a terceira vez que o BMA da cidade realiza o convênio.
O investimento total do contrato, com duração de três anos, será de R$1.767.751,11, dos quais R$ 542.102,30 serão repassados pelo MDS em três parcelas, e R$ 47.148,07 virão dos cofres da Prefeitura, também em três parcelas.
“O PAA vem proporcionar a possibilidade do Banco de Alimentos ofertar variedade de alimentos nutritivos, além de beneficiar os produtores familiares com a venda direta”, destaca a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Denise Ravin.
Os produtos vindos do PAA serão adquiridos diretamente da produção e enviados para as instituições atendidas pelo BMA, e muitos dos produtos são cultivados livres de produtos químicos.
Para a supervisora de segurança alimentar e nutricional do BMA, Patrícia Cibele Veras, o contrato tem duplo ganho social. “Vender para o PAA significa eliminar os atravessadores e possibilitar melhor remuneração aos agricultores, já que muitas vezes eles não têm como comercializar seus produtos. Por outro lado, os munícipes em vulnerabilidade alimentar serão beneficiados com alimentos saudáveis, diversificados e de alta qualidade”, afirma.
Criado em 2000, o Banco de Alimentos é administrado pela Secretaria de Gabinete, por meio do Fundo Social de Solidariedade, e conta com as colaborações da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e da Secretaria de Inclusão Social. Seus produtos beneficiam pessoas carentes que vivem em creches, albergues, abrigos e dependem de programas educacionais, comunidades terapêuticas, refeitórios comunitários e famílias carentes, das 119 instituições cadastradas.
PAA
O programa adquire alimentos, com isenção de licitação, por preços de referência que não podem ser superiores ou inferiores aos praticados nos mercados regionais. Os alimentos do PAA abastecem a rede de equipamentos públicos de alimentação e nutrição, entre eles cozinhas comunitárias e Bancos de Alimentos. Na modalidade municipal, a inclusão no PAA é realizada somente por meio de editais.
O PAA promove acesso à alimentação a milhares de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. É desenvolvido com recursos dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Mais informações pelo site oficial do MDS ().