Mais de 800 munícipes de Santo André já deram o primeiro passo para cultivar uma vida mais saudável, física e mentalmente. São os participantes do Caminhada Orientada, programa desenvolvido pela Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Saúde, e cujo objetivo é proporcionar à população uma melhor qualidade de vida.
O programa está em pleno desenvolvimento há três semanas e já contempla 24 Unidades Básicas de Saúde, por meio do trabalho de 12 educadores físicos que ministram as atividades durante duas horas, das 7 às 9 horas, dois dias da semana, em cada unidade. A iniciativa visa a redução da obesidade, doenças crônicas, ganhos de independência física, manutenção positiva do estado psicológico e social, alívio de depressões e melhoria aos portadores de hipertensão e osteoporose, entre outros benefícios.
Sob o comando do Núcleo de Atividades Corporais do Departamento de Assistência à Saúde (DAS), o projeto tem base na filosofia da atual administração municipal de promover ações que favoreçam a prevenção e a manutenção da saúde. Até o final do mês de março, mais nove unidades devem se juntar as 24 atuais, totalizando mais de mil pessoas atendidas nesta primeira fase.
As caminhadas obedecem a critérios técnicos definidos por educadores físicos especializados. Além do orientador formado em educação física, a equipe de trabalho é composta por uma enfermeira ou auxiliar de enfermagem da Unidade de Saúde. São aferidos em cada participante os níveis de glicemia, pressão arterial, circunferência abdominal e peso, com avaliações mensais dos progressos obtidos. As diretrizes de atuação são normatizadas pelas coordenadoras do núcleo, Marília Cavaggioni e Roseli Dias.
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O programa é aberto a todos os interessados e as inscrições podem ser feitas gratuitamente na Unidade de Saúde mais próxima de sua residência. Entretanto, grande parte dos praticantes é formada por pacientes encaminhados pelos médicos da rede de saúde municipal. São pessoas com diversas anomalias, especialmente diabete, hipertensão e obesidade.
A direção do DAS e os responsáveis pela aplicação do programa buscam aperfeiçoamento das ações, de forma a trazer mais eficiência e segurança aos participantes. Entre outros planejamentos, viabiliza-se a introdução de cursos de primeiros socorros aos educadores físicos, por intermédio do Samu, para torná-los mais capacitados em qualquer emergência para atendimento dos integrantes dos grupos em seus saudáveis passeios matinais.
A educadora física Luciana Ervalho, que na manhã desta sexta-feira (18/03) realizava atividades no Parque Antonio Flaquer, conhecido como Ipiranguinha, contou que a turma hoje é de 35 pessoas. “Trabalhamos basicamente alongamentos e caminhada”, disse.
Depoimentos
“Eu não andava. Ia da cama ao sofá. Depois de uma consulta com um geriatra (médico especialista em saúde do idoso), que me indicou caminhadas, hoje, no grupo, tenho que me policiar para não cometer exageros. Sinto-me ótima”, contou Gertrudes Dal Pos, de 76 anos, uma das mais animadas na aula. Depois de um infarto, Antonio Patrício Monteiro, de 78 anos, recebeu a orientação médica para caminhar. “Não posso correr, mas aqui me sinto bem. Perdi peso e além dos exercícios tem a amizade com o pessoal. Somos uma família”, lembrou o ‘veterano’ de caminhadas. Já Zenith Vello Nagata, de 69 anos, revelou ter problemas de diabetes, hipertensão arterial e colesterol e que a caminhada ajuda a viver melhor. “As aulas são duas vezes por semana, mas nosso pessoal vem também na segunda. Fazemos os alongamentos que a professora ensinou, caminhamos e colocamos as notícias em dia”, brincou.
Equipamentos
Em obras, o Ipiranguinha está sendo revitalizado e, assim como a Praça Kennedy, irá receber equipamentos de ginástica voltados à terceira idade. Para a professora Luciana, alguns de seus alunos poderão utilizá-los. “Os mais novos com certeza vão fazer algumas atividades. Será um ganho nas nossas atividades”, pontuou.
SECOM PSA
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Nabor Jr.
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18/03/2011
