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Profissionais chegaram para trabalhar na rede de atenção primária e integram o programa federal; Unidade de Saúde da Família do Jardim Carla foi o destino

Santo André, 14 de julho de 2015 – Santo André recebeu mais duas profissionais do Programa Mais Médicos, que nesta terça-feira (14), oficialmente, começaram a trabalhar na USF (Unidade de Saúde da Família) do Jardim Carla, região periférica da cidade. Pela primeira vez na rede de atenção básica do município, são brasileiras, uma andreense e outra paulistana, com formação acadêmica fora do País – há exato um ano na ELAM (Escola Latino Americana de Medicina), localizada em Cuba.

No total, Santo André possui 30 profissionais inscritos no Programa de Provisão de Médicos, que o Ministério da Saúde divide entre o Mais Médicos e o Provab (Programa de Valorização de Atenção Básica). Atualmente, eles estão distribuídos em 17 unidades de ESF (Estratégia Saúde da Família) da cidade. As primeiras contratações ocorreram em outubro de 2013 – as duas últimas em julho deste ano (confira relação abaixo).

Com a recém-chegada das médicas Estela Maria Mota Oleiro, 30 anos, da Zona Leste de São Paulo, e Vanessa Margarido dos Santos, 31 anos, do Parque João Ramalho, em Santo André, agora são 26 profissionais especialmente vinculadas ao Mais Médicos, dos quais, 23 cubanos e três brasileiras – uma delas, Maria Iracema Rocha Dudek, de Mossoró (RN), formada em Medicina no País e que migrou do Provab para o programa federal, em abril do ano passado na Unidade de Saúde do Jardim Carla.

Para Vanessa, o programa brasileiro é uma oportunidade de colocar em prática o que aprendeu nos bancos universitários de Cuba – por dois anos, exerceu o curso em Havana e os outros restantes na cidade de Camagüey, localizada a oito horas da capital. Na prática, trabalhar a saúde da família na comunidade. Na unidade do Jardim Carla, por exemplo, são cerca de 28 mil pessoas inscritas, que representam, aproximadamente, sete mil famílias atendidas na rede de atenção primária.

“Eu sou apaixonada pela medicina preventiva”, afirmou Vanessa, que desde o primeiro ano do curso acadêmico tem essa especialidade incluída no currículo cubano, inclusive com direito às visitas domiciliares na rede de atenção primária. “Meu papel será o de educadora permanente junto à comunidade. Tanto receber quanto passar conhecimento”, avaliou a médica originária de família humilde da periferia andreense. “Cheguei à Escola Latina Americano de Medicina de Cuba pelo Educafro”, reforçou a profissional, referindo-se ao movimento que reúne voluntários na luta pela inclusão dos negros nas universidades públicas ou privadas com bolsa de estudos.

CARÊNCIA – A mesma proposta de trabalhar com medicina da família foi compartilhada pela paulistana Estela Maria, que retornou em julho do ano passado ao território brasileiro, após concluir o curso de Medicina na capital cubana. Lá, inclusive conheceu o marido gaúcho, que também se formou na profissão e atualmente trabalha em Esteio, cidade da região metropolitana de Porto Alegre. A união do casal de médicos brasileiros resultou na pequena Sofia, hoje com sete meses.

Em Cuba, segundo Estela Maria, a Medicina é voltada mais para área da prevenção, inclusive em um atendimento mais humanizado ao usuário. “Antes de tudo, quero colocar em prática o que aprendi lá. Depois, corresponder com as necessidades do município”, apontou a médica, que pretende fazer residência em Medicina de Família e Comunidade, especialidade que representa hoje apenas 8% do total de vagas do curso de pós-graduação da classe médica.

A carência desses médicos no sistema de saúde pública no País foi, inclusive, alvo de discussão no 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, ocorrido de 8 a 12 de julho, em Natal (RN). Em Santo André, os 30 profissionais do Programa de Provisão de Médicos atuam, diretamente, com a ESF (Estratégia Saúde da Família) na rede de atenção básica – atualmente, são 50 equipes no município.

Programa de Provisão de Médicos

Observação:

PMM/Opas – Programa Mais Médicos/Organização Pan-Americana da Saúde
PMM Brasil – Programa Mais Médicos
Provab – Programa de Valorização da Atenção Básica

Fonte: Prefeitura de Santo André

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Sobre a Secretaria de Saúde

Com orçamento previsto de R$ 566.994 milhões para 2015, a Secretaria de Saúde tem destinado o maior valor da peça orçamentária da Prefeitura de Santo André. O governo tem na Pasta uma de suas prioridades, inclusive com a construção de novos equipamentos públicos aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).

A rede de saúde municipal é composta por 33 USs (Unidades de Saúde); dois hospitais (Centro Hospitalar Municipal e Hospital da Mulher); três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas; quatro PAs (Prontos Atendimentos) 24 horas; três Centros de Especialidades Médicas; um Centro de Reabilitação Municipal; dois Centros de Especialidades Odontológicas; um Ambulatório de Moléstias Infecciosas; um Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, um Centro de Terapia Comunitária e um laboratório de análises clínicas, além do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Na área de Saúde Mental, são quatro Naps (Núcleos de Atenção Psicossocial), um Caps (Centros de Atenção Psicossocial), quatro residências terapêuticas, duas repúblicas terapêuticas, um consultório na rua (veículo), um Centro de Atenção à Saúde Mental e um Núcleo de Projetos Especiais. Na diretoria de Vigilância à Saúde, o município dispõe de divisões de Vigilância Sanitária; Epidemiológica; Saúde do Trabalhador e Controle de Zoonoses e Ambiental.

A Secretaria de Saúde trabalha em parceria com a Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, que oferece vários serviços e atendimentos à população. A Pasta também oferece apoio diagnóstico e terapêutico, desde municipal até terceirizado, por meio de contratos e convênios.

A respeito de Santo André

A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. A localidade passou a ser parte do município de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo. Este abrigava todo o ABC, e com a transferência de sede em 1939 passou a ser denominado Santo André. Este nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, o município de Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².

Localiza-se no ABC paulista (Região Metropolitana de São Paulo), distante 18 km da Capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal polo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.

Conforme último Censo, divulgado em 2010, com estimativa para 2014, Santo André possui 707.613 habitantes. No ano de 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 18,085 bilhões, sendo o 32º maior do País e o 12º maior entre as cidades do Estado de São Paulo.

Links
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Elaine Granconato – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.